Simo Häyhä (17 de Dezembro de 1905 - 1º de Abril de 2002), apelidado de Morte Branca
(valkoinen kuolema, em finlandês) pelo Exército Vermelho russo. Ele foi
um franco-atirador finlandês que, portando um rifle Mosin–Nagant
modificado, alcançou o número recorde de 505 baixas confirmadas, usando
um rifle desse tipo, durante a Guerra Soviético-Finlandesa. Häyhä nasceu
na fronteira entre Finlândia e Rússia, onde trabalhava como caçador e
fazendeiro, e entrou no serviço militar em 1925.
Durante a Guerra Soviético-Finlandesa, que teve início três meses depois do início da Segunda Guerra Mundial,
Häyhä serviu como franco-atirador do Exército Finlandês contra o
Exército Vermelho na 6ª Companhia de JR 34 no Rio Kollaa. Exposto à uma
temperatura que variava entre -40 e -20°C, vestindo uma roupa camuflada
totalmente branca, Simo Häyhä matou 505 soldados soviéticos. Uma
contagem diária era feita para descobrir a performance dos
franco-atiradores posicionados no Rio Kollaa, e, surpreendentemente,
Häyhä realizou esse feito em menos de 100 dias. Em outras palavras, ele
obteve uma média de cinco baixas confirmadas por dia, numa época do ano
com pouquíssimas horas de luz solar por dia.
Häyhä usou uma variante finlandesa do fuzil russo Mosin-Nagant. Ele
preferia usar mira de ferro em vez de miras telescópicas, para se tornar
um alvo menor para os atiradores inimigos, já que atiradores que usam
miras telescópicas devem levantar mais a cabeça para obter uma maior
estabilidade, além da mira telescópica embaçar facilmente no frio e
refletir a luz do sol, revelando facilmente a posição do atirador.
Os soviéticos tentaram diversas táticas para se livrar de Häyhä, que,
apesar de não ser uma enorme ameaça aos planos soviéticos, havia se
tornado um grande problema à moral das tropas. O Exército Vermelhou usou
contra-atiradores e até ataques de artilharia. Em 6 de Março de 1940,
Häyhä foi baleado na sua mandíbula inferior por um soldado russo durante
combate. Após o impacto, a bala atravessou a sua cabeça. Ele foi
resgatado por soldados amigos, que lhe informaram o fato de de metade de
sua cabeça estar faltando.
Apesar da gravidade do ferimento, Häyhä não morreu, ele recuperou a
consciência sete dias depois, o dia em que a paz foi declarada. Logo
após a guerra, Häyhä foi promovido de Alikersantti (Cabo) para Vänrikki
(segundo-tenente) pelo Marechal de Campo Carl Gustaf Emil Mannerheim.
Ninguém nunca havia recebido uma promoção tão grande na história militar
da Finlândia.
Foram necessários vários anos para Häyhä se recuperar do seu
ferimento de guerra. A bala tinha esmagado seu maxilar e arrancado sua
bochecha esquerda. No entanto, ele se recuperou completamente, voltando à
sua vida de caçador e criador de cães após a Segunda Guerra Mundial,
período em que chegou a caçar diversas vezes com o presidente finlandês
Urho Kekkonen.
Durante uma entrevista em 1998, perguntado como ele havia se tornado
um atirador tão bom, Häyhä respondeu "Prática". Quando perguntado se ele
se arrependeu de matar tantas pessoas, ele disse, "Eu só fiz o meu
dever, e o quê me disseram para fazer, tão bem quanto eu eu podia". Simo
Häyhä passou seus últimos anos em Ruokolahti, um pequeno município
localizado no sudeste da Finlândia, perto da fronteira russa.
Fontes:
http://tvtropes.org/pmwiki/pmwiki.php/Main/SimoHayha
http://en.wikipedia.org/wiki/Simo_H%C3%A4yh%C3%A4
http://www.simohayha.com/
Foto: http://portal-dos-mitos.blogspot.com.br/2012/12/simo-hayha-o-morte-branca.html
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